Hoje ao lembrar de você chorei...
Chorei por não poder mais ver os seus olhos;
Por não poder mais sentir o seu cheiro;
Por não passar mais “Vick Vaporub” na minha barriga quando dói;
Por não poder tocar sua única covinha na bochecha esquerda e compará-la com a minha;
Por não poder vê-la tecer um tapete com suas mãos tão pequenas e frágeis;
Por não ter mais que me esforçar pra entender o que você dizia com sua voz rouca;
Por não ouvir mais você me chamando “Uh”;
Por não ouvir mais as histórias que você contava de quando eu era bem pequena e tantos outros “causos” supersticiosos que me davam medo;
Por não ouvi-la mais reclamar de todos seus filhos e netos;
Por não poder mais comer o torresmo que você fritava pra nós na sua casa;
Por não vê-la mais estimar as horas pela sombra da porta projetada no chão;
Por não poder mais admirar você se aproximando ao longe, andando dificultosa, e beijar a sua mão e pedir a benção.
Esta semana você completaria noventa e dois anos. Há cinco anos nos separamos.
Por aqui sobraram todas estas doces lembranças e seu retrato sobre a cômoda que eu faço questão de olhar todos os dias desde que se foi.
Não digo mais que a perdi, sei que o nos separa é somente a matéria. Tenho certeza que nos reencontraremos quando nos for permitido, e aguardo ansiosamente pelo dia em que poderei novamente estar em seus braços, deitar em seu colo e tocar sua covinha assim como na última vez que nos vimos, assim como na ultima vez que seus olhos brilharam pra mim.
Amo você minha avô “bugra”, minha avô índia, minha forte “Ana Terra”.
Chorei por não poder mais ver os seus olhos;
Por não poder mais sentir o seu cheiro;
Por não passar mais “Vick Vaporub” na minha barriga quando dói;
Por não poder tocar sua única covinha na bochecha esquerda e compará-la com a minha;
Por não poder vê-la tecer um tapete com suas mãos tão pequenas e frágeis;
Por não ter mais que me esforçar pra entender o que você dizia com sua voz rouca;
Por não ouvir mais você me chamando “Uh”;
Por não ouvir mais as histórias que você contava de quando eu era bem pequena e tantos outros “causos” supersticiosos que me davam medo;
Por não ouvi-la mais reclamar de todos seus filhos e netos;
Por não poder mais comer o torresmo que você fritava pra nós na sua casa;
Por não vê-la mais estimar as horas pela sombra da porta projetada no chão;
Por não poder mais admirar você se aproximando ao longe, andando dificultosa, e beijar a sua mão e pedir a benção.
Esta semana você completaria noventa e dois anos. Há cinco anos nos separamos.
Por aqui sobraram todas estas doces lembranças e seu retrato sobre a cômoda que eu faço questão de olhar todos os dias desde que se foi.
Não digo mais que a perdi, sei que o nos separa é somente a matéria. Tenho certeza que nos reencontraremos quando nos for permitido, e aguardo ansiosamente pelo dia em que poderei novamente estar em seus braços, deitar em seu colo e tocar sua covinha assim como na última vez que nos vimos, assim como na ultima vez que seus olhos brilharam pra mim.
Amo você minha avô “bugra”, minha avô índia, minha forte “Ana Terra”.