sábado, 17 de novembro de 2007

O Ó...

Bom este final de semana é bem longo como todos sabem.
O meu começou muito bem obrigado.
E a trilha sonora não poderia ser outra: Cartola.
Ele tem embalado os meus bons momentos nestes últimos tempos.
Às vezes mesmo com medo temos que pagar o preço.
É indolor, não é imoral ou ilegal e não engorda.
Aliás, eu não tenho medo de sentir dor nem de me envolver - quer dizer, só um puquinho!
Só tenho medo de perder os “bons mementos” e principalmente os “ótimos e maravilhoso” que é o que temos de felicidade nesta vida. O pior é passar vontade...


Corra e olhe o céu

Composição: Cartola e Dalmo Castelo

Linda te sinto mais bela
Te fico na espera
Me sinto tão só, ai!
O tempo que passa
Em dor maior, bem maior
Linda no que se apresenta
O triste se ausenta
Fez-se a alegria
Corra e olha o céu
Que o sol vem trazer bom dia
Ah, corra e olha o céu
Que o sol vem trazer bom dia.

domingo, 11 de novembro de 2007

A dor e a delicia de ser Deise Mulher-Maravilha

Olha, dói, dói muito. Todas as juntas, todos os dedos, os braços e é claro: as pernas, minha “dor na perna de estimação”, que sempre me acompanha e é minha grande companheira.
É assim mesmo. Tudo pra mim depois que passa ou que me acostumo vira motivo de chacota. E não adianta me criticar por ter me acostumado, não poderia ser diferente. Eu certamente não morrerei em decorrência delas, mas morrerei com elas. A não ser que Deus opere um milagre em mim ou em um abençoado pesquisador que possa vir a explicar, tratar e curar esta porcaria de síndrome – eu prefiro dizer síndrome e não doença, doença pra mim só câncer.
Já gastei este assunto o suficiente, não sinto mais a necessidade de falar disso a todo o momento, muito pelo contrário, só discuto este assunto com minha terapeuta, a algumas pessoas nunca nem falei sobre isso.
Havia uma única pessoa neste planeta inteiro que cheguei a acreditar que, mesmo sem sofrer do mesmo mal compreendia minhas dores e respeitava minhas limitações impostas por ela, mas infelizmente eu me enganei. As pessoas todas têm paciência até a página dois.
Hoje eu realmente sinto que não tenho com quem dividir “este problema" a não ser que eu pague por isso. Acho isso deplorável e deprimente, mas não cobro isso das pessoas, a duras penas entendi que não tenho este direito, ninguém tem que entender nada. A dor é minha e ponto.
Comento aqui, pois este é o espaço onde também jogo minhas “tralhas”, afinal de contas lê quem quer. Já ouvir não é bem assim, então raramente falo para não obrigar as pessoas a ouvir minhas lamúrias. Até mesmo por que “Qualquer desatenção pode ser a gota d’água” com qualquer fibromialgico, então é sempre melhor evitar a fadiga.
Já passei da fase do desespero, mas cheguei na fase da desesperança. Eu realmente não acredito mais em nada – a não ser um merecido milagre – que venha dar cabo nisso.
Depois de cerca de cinco anos de dores diárias, incessantes e intermitentes – dentro de um limite “tolerável” é claro, pois do contrário já estaria no hospício – não acredito mesmo em cura, em ajuda, em compreensão... Em absolutamente mais nada...
Bom quem leu tudo isso, na minha opinião, teve um tremendo azar, pois me pegou num dia que apesar de ter sido divertido foi proporcionalmente “dolorido”. Tenho certeza que já escrevi coisas bem melhores e mais agradáveis de serem lidas, mas como já disse este neste espaço também jogo meu lixo.

P.S.: (parece que sempre tem que ter, meus textos não sã auto-explicativos)

* Não levem isso tão a sério é só um surto no fim de um dia longo.
* Não tenho nenhuma doença contagiosa, degenerativa ou que causa atrofia.
* Não comemorem, eu não vou morrer amanhã –eu acho!
* Não tenha pena, pois eu sou a Mulher-Maravilha – já dizia a Maíra - e agüente tudo isso e muito mais sem perder a classe e a elegância. Chego ao fim da festa sem descer do salto – claro que ao chegar em casa tomo um Miosan com dois Tylenol e passo Cataflan Emulgel o resto da semana. :D

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sereníssima

Bom eu não estou mais de mau humor - apesar de AINDA passar vontade.
Estou até bem feliz.
Aproveitei esta semana e resolvi vários assuntos pendentes, que necessitavam uma dose de adrenalina pra serem resolvidos.
Às vezes adiamos certas “conversas”, suprimimos certas angústias e quando menos esperamos BUUUM: explodimos.
Este é o mal do ser humano – na verdade é o meu grande mal. Assim você acaba perdendo a razão quando a tem, quando esta certa e aí adivinha? É obrigada a ouvir calada e ainda pedir desculpas pelo grande papelão...
Eu sempre apronto estas presepadas – filha de Iansã não se esqueçam – faz parte do meu padrão de insanidade, logo tais situações constrangedoras eu tiro de letra – SIM eu pedi desculpas a minha chefa e já parei de sonhar com ela.
Mas não era sobre isso que ias escrever.
Dizia que aproveitei a adrenalina gerada pelo estresse e mau humor da segunda-feira pra resolver alguns assuntos. Com exceção daquele que era o causador de todo o mal, este ficou pra depois.
Hoje conversava com a Vivi’s sobre essas “nossas” maluquices.
E aí pensando em tudo isso achei uma músiquinha bem clichê, de uma bandinha mais clichê ainda, mas que ilustra tudo isso muito bem...


Sereníssima
Legião Urbana

Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.
Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a idéia, você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia.
Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.
Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.
Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sem mais - que muito mau humorada - para o momento

Tive um feriado do mortos bacanérrimo. Boas companhias, boas conversas, praia – sem Sol infelizmente - e tal’s. Mas HOJE estou com um tremendo mau humor.
O meu mau humor, contrariando o que tenha dito, tem causa, motivo, razão e circunstância. Tudo muito válido.
O que me irritou – extremamente, diga-se de passagem - foi ficar “passando vontade” entende?
Tem coisas que eu não consigo entender - ou entendo tudo errado ainda não sei, em minha cabeça fica com um grande nó e eu acabo me irritando. Definitivamente já passei de idade de ficar esperando “certas coisas” acontecerem, e nem sempre me sinto suficientemente segura para fazê-las acontecer. E novamente fiz a vez da “mulherzinha” que fica esperando com toda a classe. Contudo, convém esclarecer que eu não nasci para esperar que não me cabe o papel de “mulherzinha”...
Sabe àquela frase: “Quem sabe – o que quer – faz a hora não espera acontecer”? Pois é, falo disso.

Passada a crise da “cara amarrada”, re-concluo que momentos devem ser vividos no momento – redundante mesmo -, e se não foram é como se diz: “perdeu, perdeu”. Não dá pra voltar atrás, nem adianta se lamentar, chorar, ter “pit de mulherzinha” ou fazer qualquer outra coisa “looser” que se possa pensar nestas ocasiões. Talvez desencanar, como havia “prometido”, hummm ainda não, tenho gás pra mais um pouco - mas bem pouco.
Aguardemos as encenações dos próximos momentos... E enquanto isso sejamos felizes :D

Notas e instruções do Post para bons e maus entendedores:

1) “Mulherzinha” refere-se, no meu vulgo “vocabulário das aspas grandes”, ao repugnante estereotipo da boa moça, padrão observado pela massa na novela das seis ou da reprise da tarde.
As mocinhas de hoje não são educadas pra dar nisso com a graça dos sutiãs queimados em 1969 nas ruas de Paris. Com estes atos simbólicos e antiecológicos, que marcaram a “liberação feminina”, podemos justificar de maneira clichê e convincente como ousamos ser mais liberadinhas, inteligentinhas, e até “mais macho que muito homem”.
Contudo todas somos “mulherzinhas” em potencial, e são elas que tem os tais pit’s, que choram quando não se deve e tantas outras coisas piegas que só as MULHERES sabem fazer;


2) Onde está escrito hora leia-se: momento - isto é palavra chave ao bom entendedor;


3) Se não entendeu fica sem entender, esquece, apaga, e não faça perguntas, OK?


4) Se entendeu também as não faça, no máximo comente, pois afinal de contas este blog é um espaço democrático.