domingo, 11 de novembro de 2007

A dor e a delicia de ser Deise Mulher-Maravilha

Olha, dói, dói muito. Todas as juntas, todos os dedos, os braços e é claro: as pernas, minha “dor na perna de estimação”, que sempre me acompanha e é minha grande companheira.
É assim mesmo. Tudo pra mim depois que passa ou que me acostumo vira motivo de chacota. E não adianta me criticar por ter me acostumado, não poderia ser diferente. Eu certamente não morrerei em decorrência delas, mas morrerei com elas. A não ser que Deus opere um milagre em mim ou em um abençoado pesquisador que possa vir a explicar, tratar e curar esta porcaria de síndrome – eu prefiro dizer síndrome e não doença, doença pra mim só câncer.
Já gastei este assunto o suficiente, não sinto mais a necessidade de falar disso a todo o momento, muito pelo contrário, só discuto este assunto com minha terapeuta, a algumas pessoas nunca nem falei sobre isso.
Havia uma única pessoa neste planeta inteiro que cheguei a acreditar que, mesmo sem sofrer do mesmo mal compreendia minhas dores e respeitava minhas limitações impostas por ela, mas infelizmente eu me enganei. As pessoas todas têm paciência até a página dois.
Hoje eu realmente sinto que não tenho com quem dividir “este problema" a não ser que eu pague por isso. Acho isso deplorável e deprimente, mas não cobro isso das pessoas, a duras penas entendi que não tenho este direito, ninguém tem que entender nada. A dor é minha e ponto.
Comento aqui, pois este é o espaço onde também jogo minhas “tralhas”, afinal de contas lê quem quer. Já ouvir não é bem assim, então raramente falo para não obrigar as pessoas a ouvir minhas lamúrias. Até mesmo por que “Qualquer desatenção pode ser a gota d’água” com qualquer fibromialgico, então é sempre melhor evitar a fadiga.
Já passei da fase do desespero, mas cheguei na fase da desesperança. Eu realmente não acredito mais em nada – a não ser um merecido milagre – que venha dar cabo nisso.
Depois de cerca de cinco anos de dores diárias, incessantes e intermitentes – dentro de um limite “tolerável” é claro, pois do contrário já estaria no hospício – não acredito mesmo em cura, em ajuda, em compreensão... Em absolutamente mais nada...
Bom quem leu tudo isso, na minha opinião, teve um tremendo azar, pois me pegou num dia que apesar de ter sido divertido foi proporcionalmente “dolorido”. Tenho certeza que já escrevi coisas bem melhores e mais agradáveis de serem lidas, mas como já disse este neste espaço também jogo meu lixo.

P.S.: (parece que sempre tem que ter, meus textos não sã auto-explicativos)

* Não levem isso tão a sério é só um surto no fim de um dia longo.
* Não tenho nenhuma doença contagiosa, degenerativa ou que causa atrofia.
* Não comemorem, eu não vou morrer amanhã –eu acho!
* Não tenha pena, pois eu sou a Mulher-Maravilha – já dizia a Maíra - e agüente tudo isso e muito mais sem perder a classe e a elegância. Chego ao fim da festa sem descer do salto – claro que ao chegar em casa tomo um Miosan com dois Tylenol e passo Cataflan Emulgel o resto da semana. :D

2 comentários:

Anônimo disse...

As pessoas não gostam muito de ouvir os problemas alheios, sabemos bem disso. E as que se propõe a ouvir, nem sempre fazem comentários pertinentes, ou então fazem comparações absurdas.
É isso aí, flor, caminhando e cantando, que mais podemos fazer?

Dayse Rodrigues disse...

Daysoca pense no milagre não como uma possibilidade mas como algo que acontece todos os dias com quem acredita...

Vc é uma menina cheia de riquezas, e certamente tudo que contextualiza você, fez vc assim, até esse probleminha, ou síndrome, como queira chamar....

Pior são as "doenças"

Pra mim não só o cancer é uma doença mas também o preconceito, o desafeto, a falta de caráter....

E não temos isso...

kkkkkkkk

Biejocas da Dedê!!!!

Bjs