domingo, 28 de setembro de 2008

Clube da esquina e Minas Gerais

A paixão é bem antiga.
Mas neste momento, quando tão saudosa estou, de coisas que se passaram há muito tempo e de coisas que se passaram há dias atrás, que tanta saudade tenho dos meus amigos que tenho tido pouco tempo pra ver, re-descobri estas velhas canções.
Sempre tive paixão por Minas Gerais. Aliás, durante toda a minha infância, tudo o que eu mais queria era morar lá, depois durante a adolescência abortei a idéia por ter um orgulho danado de ser paulista e de achar que esta era a terra das possibilidades – como de fato é umas das poucas cidades do mundo onde se pode comer uma jaca, tomar uma cerveja, ir ao cinema e depois tomar um café tudo na mesma madrugada.
Bom hoje, um tanto quanto mais velha, volto a considerar a idéia, tendo em vista que a vida noturna e a badalação não têm me atraído tanto. Contudo creio que ainda não tenha chegado a hora de abandonar a Paulicéia desvairada, ainda estou absolutamente inserida no seu conceito de desvario, de agitação, de consumo e de pseudo-oportunidades.
Mas a paixão não surgiu por isso não. Começou no colégio quando me meti num coral e comecei a ouvir musica boa, música verdadeiramente boa e despretensiosa, mas feita e tocada com a alma. Desde essa época essa turma passou a ser minha predileta. Eu era mesmo uma adolescente estranha, deslocadona, não havia ninguém que ouvia Milton Nascimento aos 16 anos em 1996, mas como sempre eu quebro o protocolo:).
Minha amada Minas Gerais... Onde vive a maior parte de minha família, tanto materna como paterna, onde estão enterrados meus avós, de onde veio minha mãe e onde foi criado o Milton Nascimento, e toda a turma do
Clube da esquina. Sem contar em Clara Nunes, Drummond e pão de queijo, muito pão de queijo... Oh trem bão.
Bom o fato é que este é um dos meus discos prediletos, com a capa predileta, do meu cantor predileto e é o que mais tenho ouvido neste fim de inverno a espera do início da primavera enquanto vou e volto do Vale do Paraíba.
É um álbum que vale a pena ouvir, e fuçar em outras coisas também, como Beto Guedes, 14 Bis, Boca Livre, Ronaldo Bastos... e é claro o álbum Clube da Esquina 2.
Árdua tarefa a de escolher uma música, mas por hoje fico com Trem Azul... e o Sol na cabeçaaaaaaaaaaa

O Trem Azul
Composição: Lô Borges/Ronaldo Bastos

Coisas que a gente se esquece de dizer
Frases que o vento vem as vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cansam de voar
Você pega o trem azul,
O Sol na cabeça
O Sol pega o trem azul,
Você na cabeça
Um sol na cabeça

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